”A tempera de uma alma é dimensionada na razão direta do teor de poesia que ela encerra” (Horácio Quiroga)

8 de agosto de 2010

Meganha

Meganha do cão:
Trevoso, nevoento,
Achacador, assassino.
O que atira por trás
(Na cabeça, na nuca),
Covarde, puto.

Tens filhos? Esposa?
Pai e mãe? Avô e avó?
Eles sabem de ti,
Da tua vida bandida?
Sabem que roubas, matas?

E tua ex-professora,
Uma senhora serena.
E teus colegas do primário,
Já adultos, honrados.
O que eles pensam de ti?

Diga-me: a tua consciência,
O que ela te diz?
Será que a calas, por hábito,
A tiros ou a pancadas?
Ou já a poste em almoeda?

Nenhum comentário:

Postar um comentário