”A tempera de uma alma é dimensionada na razão direta do teor de poesia que ela encerra” (Horácio Quiroga)

8 de setembro de 2010

Manifesto

Senhor governador do Estado,
Que carrega a sinistra alcunha,
(Corvo, corvo, corvo).
Seu nariz aquilino,
Seu dedo em riste e
Seus horríveis óculos,
Me enojam; fique "vossa excelência"
Ciente desse meu nojo.
.
Mas não é só isso que me enjoa
Em sua nauseosa pessoa.
Sua soberba, sua verborragia,
Seu caráter conspiratório
E sua desmedida ambição,
Me derramam a bílis, me agastam,
Embrulham-me o estômago
E eu vomito quando o vejo.
.
O Estado que o senhor governa,
Está terrivelmente caótico.
Que trens! Que barcas! Que bondes!
E os famigerados lotações?
São terríveis senhor governador.
Os troles são carcaças inservíveis,
Os táxis, filiais do inferno e
O trânsito, de igual forma, medonho.
.
E agora temos essa novidade:
Mendigos mortos, boiando
Nas águas que bebemos.
Ou "vossa excelência" não sabe
Que o Rio da Guarda (dos mortos)
Deságua no provedor Guandu
E é essa água da morte
Que nós, cariocas, bebemos.
.
Sugiro à "vossa excelência"
Que retraia sua tenebrosa asa,
Que baixe seu dedo,
Que pare com as tramóias,
Que controle sua verborragia
E cuide das coisas da Guanabara,
Que para tal o senhor é pago
E muito bem pago (pelo povo).

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