Riam a solta do pobre vento sudoeste,
Naquele instante nada além de um sopro.
O vento, amuado, reclamava lamentoso:
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De você, trovão, que ribombeia e assusta
Ninguém fala tão mal dos teus estrondos
Assustadores; se tanto um “cruz credo”
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De você, relâmpago, que faísca temerário
Nunca ouvi uma queixinha assim mais forte
Mesmo quando queimas os ipês e os cedros.
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E de você, chuva, que alaga e inunda terras,
No máximo é chuvarada ou pé-d'água,
Sossegando, te esquecem, até te perdoam.
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Agora de mim, vejam só, é tufão, é furacão,
É pé-de-vento, é vendaval, é tormenta.
Até de uma brisa fresquinha, queixam-se eles
De ciscos nos olhos e de resfriado malsão.
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